Olá, bisbórrias!
Como nosso blog fala tanto de livros
quanto de filmes, o meu primeiro post aqui vai ser uma nova coluna intitulada
Cinema Literário, onde vou falar sobre algumas adaptações literárias para as
telonas, suas semelhanças e diferenças com a obra original, e o que torna esses
filmes tão extraordinários.
A primeiríssima da vez é a adaptação de um
livro clássico do século XX, e que se tornou um clássico do cinema também,
escolhida aqui não apenas por ser uma obra tão maravilhosa, mas por ser o filme
que me tornou uma grande fã do cinema hoje. Trata-se de As Crônicas de Nárnia:
O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa.
O filme começa em plena Segunda Guerra
Mundial, quando os quatro irmãos Pevensie são enviados para o interior para
viver na mansão de um misterioso professor enquanto fogem da zona de guerra em
que se tornou a Inglaterra. Durante uma brincadeira de pique-esconde, a mais
nova dos irmãos, Lúcia, se esconde dentro de um guarda-roupa encantado, que
acaba por transportá-la para o mundo mágico de Nárnia.
Diferentemente do filme, o livro faz
apenas uma breve apresentação da situação dos personagens, já iniciando com a
entrada de Lúcia pelo guarda-roupa, mas desta vez, não por causa de uma
brincadeira, mas depois de explorar a velha mansão com seus irmãos.
Logo ao chegar a Nárnia, somos
apresentados ao amável fauno sr. Tumnus, personagem tão gentil e carismático no
filme quanto no livro. O sr. Tumnus apresenta a Lúcia a situação atual de Nárnia,
dominada pela cruel Feiticeira Branca, que fez o mundo mágico entrar em um terrível
inverno que dura eternamente.
Ao voltar para casa, desacreditada pelos
irmãos, Lúcia não perde tempo em retornar furtivamente para Nárnia, mas mesmo
que não saiba, ela não está sozinha. Edmundo, o segundo mais novo da família
Pevensie, segue a menina para dentro do guarda-roupa, sendo no livro, este que
entra em Nárnia pela primeira vez durante uma brincadeira de pique-esconde.
A Feiticeira Branca, interpretada
espetacularmente pela atriz Tilda Swinton, não mede esforços para convencer
Edmundo a unir-se à sua causa, e este, ambicioso, se deixa levar por suas
falsas promessas. Mas é só depois de uma fuga inesperada, no livro por causa de
uma excursão à mansão, no filme, por um acidente com uma bola de beisebol, que
todos os irmãos Pevensie vão parar no misterioso mundo escondido dentro do
guarda-roupa.
A partir daí, os irmãos vão seguir, contra
a própria vontade, o curso da velha profecia que diz que os quatro irão
derrotar a terrível Feiticeira e trazer a paz de volta a Nárnia. E para isso,
contam com a ajuda de um adorável casal de castores e algumas outras criaturas
inusitadas. Mas é só quando encontram o verdadeiro rei de Nárnia, que eles
finalmente aceitarão o seu destino e se juntarão à batalha de uma vez por
todas.
A direção de Andrew Adamson não deixa nada
a desejar, repleta de cenários grandiosos e efeitos especiais de tirar o
fôlego. Os personagens são retratados perfeitamente, com características que os
distinguem uns dos outros pouco presentes no livro, como a insegurança de Pedro
e a inteligência de Susana. Os atores não poderiam ter ficado melhores em seus
papéis, apesar da aparência bem diferente dos personagens originais. Lúcia e
Edmundo são loiros no livro e morenos no filme, por exemplo.
A trilha sonora é impecável, refletindo a
emoção de cada cena de forma impressionante. A caracterização dos atores é bem
marcante, e não foi à toa que o filme ganhou o Oscar de melhor maquiagem.
Ainda podemos destacar a presença de um
personagem a mais no filme, uma raposa, que contribui bastante no decorrer da
história, mas também ocorre a falta de um personagem secundário do livro, um
gigante, que diverte em sua curta aparição. O filme conta ainda com cenas que
não estão presentes na obra original, como um grande sufoco durante a travessia
de um rio congelado, mas que acrescentam emoção e aventura a essa incrível
adaptação.
Como o livro fora inicialmente criado para
o público infantil, a batalha final contra a Feiticeira foi curta e direta,
sendo apresentada com poucos detalhes, mas no filme, pôde ser melhor explorada,
apresentando algumas das melhores cenas de todo o filme. E este termina com um
final épico, que encantou tantos leitores ao longo dos anos na obra de C.S.
Lewis, e transformou o filme em um dos maiores sucessos de bilheteria em seu
ano de lançamento.
Enfim, As Crônicas de Nárnia: O Leão, a
Feiticeira e o Guarda-roupa é um grande filme inspirado em um grande livro, e
que vale a pena tanto ser visto quanto ser lido.
E então? Alguém notou mais alguma
diferença que não foi citada? Mais algum mérito do filme ou do livro? Quais são
as adaptações literárias que vocês mais gostariam que estivessem na nossa
coluna? Não se esqueçam: seus comentários são importantes para a gente. ;)
Muito legal esta tag. Não li o livro, mas assisti ao filme e com certeza não deve ser melhor que o livro né?mas de qualquer modo eu gostei muito e nem lembro quantas vezes já assisti hahaha
ResponderExcluirBeijos meninas
Que bom que você curtiu! Acho que os dois são bons, mas de maneiras diferentes. Você deveria ler o livro, é maravilhoso! Vamos divulgar novos posts em breve. Beijos ;)
ExcluirJá vi os filmes, mas não li o livro ainda. Tenho a edição única, mas quero comprar as edições separadas.
ResponderExcluirSeu post está muito bom e o filme é espetacular mesmo! Um bom filme para você colocar na sua coluna é A Hospedeira, que é um pouco diferente do livro, mas, ainda assim, são ótimos.
Beijos,
Diário Nepente ♥
Obrigada! Eu também tenho a edição única e quero muito as separadas. Sua dica já está anotada, viu? ^-^
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